Para educar os filhos não basta sabermos o que precisamos fazer. Mas também, o que não devemos fazer. Errar é humano, permanecer no erro não é algo muito sensato.
Por isso, listei aqui neste artigo uma série de erros graves que os pais cometem, para que possamos estar atentos a não errar mais com os nossos filhos. Se seu filho já é um adolescente ou jovem não se preocupe, nunca é tarde para agirmos da maneira certa para abençoarmos nossos filhos. 🙂
Este artigo é um complemento do artigo principal do nosso blog Como educar seus Filhos: lições para filhos mais obedientes e felizes.
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Neste artigo você terá acesso a 17 erros graves que muitos pais cometem. Não deixe de ver os 4 últimos que considero os mais importantes! 😉
ERRO 1: SOBRECARREGAR O FILHO COM MUITAS ATIVIDADES
Lembre-se que seu filho é apenas uma criança.
Há pais que enchem os filhos de atividade: é inglês, é balé ou futebol, é música, é, é, é…
Mas Bruno qual é o problema nisso? Nenhum, desde que eles, em tudo, encarem estas atividades extras como uma diversão.
A criança precisa ter a liberdade de dizer “não quero fazer isso” ou “aquilo”, “quero brincar daquilo”. Ela já tem a pressão de ir para a escola estudar, quer queira quer não queira.
Sobrecarregar os filhos com muitas atividades, regras e horários apertados pode criar um stress precoce desnecessário.
Tenha bom senso e sempre pergunte ao filho se ele está feliz com tantas atividades, ou se tem sido um peso para ele. Na medida que ele se tornar mais velho poderá decidir por assumir mais responsabilidades.
ERRO 2: CEDER À BIRRA DA CRIANÇA
Se seu filho fizer pirraça, não ceda! Cada vez que ceder, eles vão ficando mais fortes! Rs
Incrível como as crianças são inteligentes. Parecem que elas sabem nossas fraquezas e são determinadas até conseguirem o que querem.
Mas tenho uma boa notícia: Elas não são mais inteligentes que você!
Sim, parece óbvio o que eu disse, mas há pais que não conseguem vencer a uma birra, e logo cedem, ainda mais se estiverem em lugar público, ou com pressa. Diga que ele não receberá o que deseja fazendo birra, e se ele continuar deixe ele fazendo seu show e continue o que você está fazendo.
Assim, da próxima vez, ele entenderá que não adianta fazer birras, você não vai ceder.
Não sei se é o seu caso, mas determine hoje não ceder mais a seus filhos, o começo pode ser difícil, mas com o tempo ele acostuma.
ERRO 3: DAR MAU EXEMPLO AO FILHO
Como já dizia o velho ditado: “Um bom exemplo vale mais que mil palavras.”
Lembrei-me de um episódio que, possivelmente, já aconteceu com algum parente seu um dia:
Telefone toca: Trimmm. A filha responde: Alô! A mulher diz: é Bia, quero falar com sua mãe Sofia. A filha grita: mãe é a Bia! A mãe responde: diz que eu não estou. A filha responde: a mamãe disse que não está. (rs)
Como esta cena, muitos pais dão este tipo de exemplo aos filhos. Será que é um exemplo legal para nossos filhos?
Temos que ter o cuidado se não estamos fazendo coisas do dia a dia que nossos filhos estão replicando. Adoro um vídeo no youtube que mostra claramente como os filhos imitam os pais.
ERRO 4: MIMAR OS FILHOS
Há pais e mães que dão tudo o que os filhos pedem. Em muitos casos, isso acontece para suprir a falta de outra coisa, como por exemplo a presença deles.
Em outros casos, tiveram uma infância traumática e têm medo que os filhos passem pela mesma dor que passaram.
Em tudo há um equilíbrio, nem de mais, nem de menos. Não é bom sermos exageradamente rígidos, da mesma forma que não é bom sermos exageradamente liberais.
Dar tudo o que o filho quer, ou protegê-lo demais incorremos em dois graves erros: o primeiro que a criança não aprenderá a lidar com um “não” na vida, a segunda que não estaremos preparando ela para ser independente.
Lembro-me de um caso muito curioso da mãe de um amigo meu, filho único. Ela o protegia tanto que a esterilizava todos os brinquedos dele toda vez que ele fosse brincar (não importa quantas vezes por dia).
Ele não podia brincar na areia, parecia que vivia em uma bolha invisível de limpeza. Advinha o que aconteceu? Ele contraiu uma bactéria e quase morreu porque o seu organismo não produzia anticorpos.
Eu achava a maior graça desta forma exageradamente protecionista de criar o filho. Na faculdade onde conheci este meu amigo, ele não usava o banheiro por ter nojo. Sempre que precisava de ir ao banheiro, corria para casa, até que um belo dia….uma diarréia daquelas o obrigou a tomar esta dura decisão (para ele claro!). Conseguiu vencer este desafio (desafio? rs). Hoje ele é uma pessoa bem sucedida, mas a sua criação não ajudou muito a ele, neste aspecto de limpeza.
Este é só um exemplo de vários que acontecem todos os dias. Que possamos ter a sensibilidade de perceber se não estamos cometendo o mesmo erro, ainda que em proporções menores. Se desconfiamos disso, que tenhamos a humildade de pedir a opinião de amigos e encarar o fato, pois proteger demais o filho não o ajudará a longo prazo.
Lembre-se: “Prepare o filho para a estrada e não a estrada para o filho”.
ERRO 5: MENTIR OU NÃO HONRAR COM A PALAVRA
Quem nunca utilizou deste artifício pelo menos uma vez na vida que atire a primeira pedra! 🙂
Apesar de hoje ter a consciência que não é o melhor caminho, já utilizei deste artifício para ludibriar minhas filhas. Pai compra picolé? Não filha, estou sem dinheiro (mentira! Rs)
Você pode dizer, mas Bruno, isso não chega a ser uma mentira, não faz mal a ninguém! De fato, parece não fazer mal, mas quando mentimos ou omitimos fatos aos nossos filhos, não estamos nos dando conta do grande mal que incorremos: de não enfrentarmos o problema de frente além de não ensinarmos nossos filhos a se firmar na verdade.
Voltando ao exemplo do picolé, era mais cômodo eu dizer que não tinha dinheiro. Mas como explicar a criança que não tinha dinheiro para comprar um picolé, mas tinha dinheiro para pagar um almoço logo em seguida que é mais caro?
Ao mentir, perdemos a oportunidade de ensinar a criança a lidar com as frustrações e a desenvolver um raciocínio lógico.
Por que não eu disse para elas que não comprei o picolé porque elas tinham que almoçar primeiro para não perder o apetite? Dã?! rs
Em outro exemplo, o que você me diz daquela “linda” canção: nana nem que cuca vai pegar… (tenso, não?)
Às vezes, mentimos para os filhos sem perceber, e caímos em uma cilada. Mais cedo o mais tarde seu filho vai descobrir e pode não mais confiar em você. Se tiver que fazer uma viagem de uma semana, não diga a seu filho que vai ser rápido, diga a verdade.
Procure sempre ser verdadeiro com seu filho, se tiver que negar algo para ele, explique o motivo, ainda que não entenda, mas a verdade sempre será o melhor caminho.
Outro fato importante é honrarmos com nossa palavra quando assumirmos algum compromisso com eles.
Ontem, minha filha de 4 anos me chamou de mentiroso porque disse que iria levá-la a noite ao Mc Donalts e eu não levei (ual! Abusada, não?). Tentei explicar a ela que o motivo de eu dizer que iria era porque ela não parava de insistir. Sabe o que ela me disse?
Papai, não importa se eu insisti, a questão é que você prometeu! (Entende como é isso, não é? Que besteira que eu fiz! rs)
ERRO 6: NÃO CORRIGIR O FILHO QUANDO É NECESSÁRIO
Muitos pais não corrigem seus filhos. Fazem vista grossa ou consideram uma correção desnecessária, achando que o tempo cuidará do resto.
Nossos filhos precisam assumir as responsabilidades de seus atos, precisam entender que aquilo que plantarem isso colherão.
Pais que não corrigem os filhos, pecam em não moldar o coração do filho.
Não quero dizer corrigir somente quando cometem erros graves, mas os pequenos também.
Se seu filho sabe que tem que arrumar a cama antes de brincar e não o faz, não podemos deixar isso para lá. Por mais simples que possa parecer, não estaremos ajudando ele se formos coniventes com este tipo de comportamento.
ERRO 7: TER PREFERÊNCIA A UM FILHO EM DETRIMENTO DO OUTRO
Parece loucura, talvez pareça que seja algo difícil de acontecer, mas acontece: há pais que dão preferência a um filho em detrimento de outro.
O fato é que, muitas pessoas relatam que na sua infância, principalmente nas famílias com 3 ou mais irmãos, havia um irmão que sempre era mais privilegiado.
Isso acontece involuntariamente quando um filho, por exemplo, nasce com a maioria das características da mãe, ou vice-versa do pai. Nestes casos, há uma projeção da vida dos pais neste filho, ou uma admiração pelas semelhanças.
Outro caso comum é com o filho mais novo. O mais novinho, é sempre o mais engraçadinho não é verdade? O mais velho já está com seus 6 a 8 anos enquanto que o mais novo com os seus 2 a 4 anos de idade, e tudo o que faz é motivo de graça.
Precisamos ter o cuidado de percebermos se não estamos incorrendo neste erro. Não podemos dar mais atenção a um em detrimento de outro.
Quando elogiarmos um, estamos lembrando de elogiar o outro? Nós adultos gostamos de ser tratados iguais aos outros, imaginem as crianças?
ERRO 8: AMEAÇAR O FILHO E NÃO CUMPRIR
Na verdade, até a ameaça já é um erro, um tipo de chantagem: se você não fizer isso vai acontecer aquilo, viu!
O termo correto seria advertir. Quando fazemos uma advertência aos nossos filhos estamos sinalizando para ele o que ele está fazendo de errado e a consequência daquele ato reprovável.
Já brincou com o seu filho e você disse para ele que não quer mais brincar? E ele responde com aquela frase famosa: “Só mais uma vez, é a última”!
Então, deixa eu ver se adivinho, depois da última ele repete a frase, no mínimo, mais umas 10 vezes? Kkk
Com a advertência, na mente do seu filho funciona da mesma forma. Ele vai continuar inúmeras vezes até que você perca a cabeça e grite com ele: chega!
Mas porque não dizemos chega de primeira, sem precisar de gritar? Não evitaria o desgaste de repetir várias vezes?
Se você está cometendo este erro, o que é normal em muitos pais, experimente ter uma conversa com seu filho e explicar a ele que você daqui para frente vai agir de uma forma diferente, que irá advertir apenas uma vez.
Ou seja, na hora de advertir seja enfático, olhe nos olhos dele e dê a voz de comando, se ele desobedecer, aja!
Sei que não é fácil, mas se estiver empenhado, as coisas irão melhorar. Com o tempo seu filho assimilará sua nova postura. \o/
ERRO 9: DESAUTORIZAR O CÔNJUGE
Não faça isso! rs
Não tem coisa mais desagradável que tirar a autoridade do cônjuge. Quem é casado, não deve discordar do outro na frente dos filhos.
Se o pai fez a besteira de dar um picolé para a criança antes do almoço, a mãe tem que engolir seco, mesmo querendo esganar o pescoço do marido. Porque tirar a autoridade do pai é pior que o erro da criança em tomar picolé antes do almoço.
Uma coisa é fato: nem tudo os pais terão consenso, mas o princípio é mostrar para o filho que os dois estão em harmonia e que são autoridade perante o filho.
Há famílias que há tantas diferenças de opiniões que os filhos acabam ficando confusos sem saber a quem obedecer. Ou pior, acabam por não dar crédito a nenhum dos dois.
ERRO 10: PAI NÃO EXERCER SUA PATERNIDADE
Este erro é mais comum nos pais, mas pode acontecer com mães também. Em nossa sociedade temos uma cultura impregnada de que cabe principalmente à mãe a educação dos filhos.
Muitos pais, gênero masculino, eximem de suas responsabilidades a de educar os filhos, por acharem que não é obrigação deles. Na verdade, deveria ser o contrário.
A mãe nos primeiros anos, assume papel principal ao acolher o filho, amamentar e proteger.
Porém, no decorrer dos anos, é papel principalmente do pai o desenvolvimento da criança, sua independência e a sua preparação para encarar a vida.
Tem dúvidas disso? Repare o pai ensinando uma criança a nadar ou andar de bicicleta com a mãe vendo? Se o pai jogar o filho meio metro para o alto, a mãe vai enxergar 5 metros de altura! (He he, é desse modelo!)
Bom, o pai é a figura masculina, a figura do provedor, do patriarca, da autoridade principal no lar, o homem da caça e das guerras que protege a família. Aquele que vai a frente, abrindo o caminho. Em uma linha de raciocínio antropológico das culturas, é o homem que é tido como o representante principal do lar, e é aquele que instrui e impulsiona os filhos.
O que estou querendo dizer é que a figura “presente” do pai é importantíssima na vida do filho, para que ele se torne independente um dia.
Não estou generalizando, mas em famílias que o pai é ausente na educação do filho, ele poderá ter sérias dificuldades de se tornar independente e vencer na vida, pois nunca teve a instrução do pai para o impulsionar, e a mãe, como é próprio de sua natureza feminina, tenderá a proteger o filho involuntariamente, dificultando este processo.
ERRO 11: EXIMIR DE SUA AUTORIDADE COMO PAI OU MÃE
Aqui o problema acontece em várias famílias: ora o pai exime de sua autoridade, ora a mãe.
Veja se já não aconteceu em casa de seus parentes (ou na sua) estes episódios:
- Espere só seu pai chegar menino!
- Pai, posso tomar sorvete? Pergunte sua mãe primeiro, filha.
Os pais devem exercer a autoridade de forma sistêmica, ou seja, precisarão tomar decisões na ausência do outro. Salvo exceções, sempre que possível decida você mesmo e comunique depois ao seu cônjuge.
ERRO 12: COLOCAR O FILHO NO CENTRO DE TUDO
Muitos pais tem uma vida centralizada nos filhos. Nestes casos, os filhos sempre estão em primeiro lugar. Até mesmo na hora de passear ou escolher um restaurante são eles que decidem, “sempre”.
Não estamos dizendo que se importar com os filhos é errado, o grande problema está no exagero com que é dada ênfase aos gostos e desejos dos filhos. A longo prazo, inconscientemente os filhos se sentirão como sendo o centro do universo, e tudo irá acontecer em prol de suas vontades.
ERRO 13: AGIR COMO SE NOSSOS FILHOS FOSSEM PERFEITOS
Se perguntarmos: você considera seu filho perfeito, o que diria? (tempo…)
Acredito que 100% dos pais diriam que “não”. O grande problema não está na nossa consciência ou resposta, está no nosso subconsciente ou em nossas atitudes, que nem sempre condiz com o que afirmamos.
Alguns pais agem como se seus filhos fossem a “perfeição personificada”.
Há pais hoje, que não querem ouvir nada negativo sobre seus filhos. Em uma confusão em que o filho estiver envolvido na escola, jamais ele será o culpado.
Quando o professor chamar para conversar sobre o mal comportamento do filho, irá dar razão a qual versão? Da professora ou do filho?
Será que nunca presenciamos situações como esta? Ou pior, será que em algum momento não fechamos os olhos para esta dura realidade? Será que estamos agindo assim também?
A maioria de nós, pais, presenciamos situações como estas acontecendo com os filhos dos outros, mas quando acontece com nosso filho? Que cuidado temos que ter? Que postura adotaremos? De defender o nosso filho incondicionalmente ou de buscarmos a verdadeira versão dos fatos de forma imparcial?
A verdade pode machucar, mas se tivermos de coração aberto, podemos nos beneficiar, corrigindo nosso filho enquanto é tempo.
ERRO 14: PAIS PROJETAREM SEUS SONHOS NOS FILHOS
Filha, mamãe não conseguiu ser médica porque não teve condições de estudar, mas você vai conseguir, viu? Eu vou te ajudar!
Mas mamãe, quem te disse que eu quero ser médica?
Será que não já presenciamos uma narração parecida como esta?
Quantos filhos são convencidos a realizarem os sonhos dos pais? Quantas vezes ouvimos pessoas adultas angustiadas, reclamarem de sua vida profissional porque escolheram uma profissão que não queriam, mas que foram induzidas e motivadas pelos pais?
Pode parecer bobagem, mas é algo muito sútil. Acredito que os pais não fazem isso por mal, sem perceber expressam suas frustações profissionais, projetando nos filhos a realização de um sonho que não foi concretizado em suas vidas.
Temos que tomar o cuidado de não incorremos neste erro grave, de induzirmos nossos filhos a uma profissão que não seja, de fato, a realização pessoal deles.
Já que estamos falando em sonhos, quero aproveitar a oportunidade para convidar a assistir este vídeo abaixo que gravei, e tem tudo a ver com os sonhos de nossos filhos.
ERRO 15: NÃO DAR A DEVIDA VALORIZAÇÃO AS CONQUISTAS DOS FILHOS
Minha filha tem 8 anos e pediu um livro de biografia de uma atriz mirim famosa, mais precisamente Larissa Manoella. (uhh!)
A cada capítulo que ela lia, me dizia: pai já estou no capítulo 5! Depois 6, 7, 8, 9… A cada capítulo que ela lia, compartilhava sua conquista. E eu com toda paciência e entusiasmo vibrava com ela cada momento.
Entre idas e vindas, refleti comigo mesmo: puxa, é o primeiro livro que ela lê, e conseguiu ler 200 páginas em dois dias, legal! \o/
Quando nós não damos valor as conquistas de nossos filhos, transferimos a oportunidade de registrar na memória deles a associação de suas conquistas com a nossa presença.
Quando não temos uma vida diária de diálogo com nossos filhos, perdemos a oportunidade de ouvirmos deles contarem suas realizações e conquistas. Estejamos atentos a valorizar aquela voz vibrante quando diz: “pai, mãe, olha o que eu consegui fazer”!
ERRO 16: REPRIMIR O TEMPERAMENTO E A PERSONALIDADE DO FILHO
Você já deve ter ouvido falar no termo: Nossa, fulano de tal tem um temperamento forte, é osso duro de roer!
Quando falamos de temperamento e personalidade, estamos nos referindo a características intrínsecas das pessoas, que tornam as pessoas diferentes, umas das outras.
Por este motivo que nenhum filho é igual ao outro. Os pais educam os filhos da mesma forma, porém um é mais teimoso e outro é mais tímido, o outro é mais triste ou outro mais alegre, e assim por diante.
Eu acho o máximo a diferença entre as minhas duas filhas. A Maressa de 8 anos é mais tímida, mais meiga, quase não fica nervosa, tem mais facilidade de entender e obedecer…
Já a mais nova, a Luísa, é mais durona, mais guerreira, teimosa, impaciente…
Duas filhas que em situações semelhantes, reagem de forma diferente. Compreender o temperamento e personalidade de cada filho, ajuda os pais a saberem lidar de forma diferente com cada um deles.
Um dos erros mais graves que os pais cometem é querer mudar o temperamento e a personalidade dos filhos. Se seu filho é muito tímido, não queira que ele seja uma pessoa extrovertida. Se ele é uma pessoa muita explosiva, não queira que ele concorde com tudo. O grande segredo é trabalhar os exageros sem reprimir as características intrínsecas a cada um deles.
Se os pais tiverem atenção às características, e compreender que cada um tem qualidades diferentes, saberão ajudar os filhos a encontrarem sua realização profissional, e seu destino de vida.
ERRO 17: PAIS AUSENTES FISICAMENTE OU EMOCIONALMENTE
Existem pais que simplesmente rejeitam seus filhos, ignoram sua existência, ou até mesmo carregam consigo um sentimento de que seus filhos nunca deveriam ter existido.
Este tipo de comportamento é abominável na nossa sociedade, motivo de revolta e indignação.
Acredito que tanto eu como você estamos livres deste sentimento e amamos nossos filhos e queremos o melhor para eles.
O cuidado que precisamos ter é de como os nossos filhos nos veem.
Se somos pessoas que estamos sempre atarefadas, com muitos afazeres, podemos estar incorrendo neste erro de pais ausentes, ainda que de forma involuntária.
Precisamos sempre lembrar que acima de ter que ser um bom profissional, ou um bom amigo, devemos ser primeiramente “excelentes pais”!
Lembre-se: “Não importa se nos achamos bons pais, o que importa é se nossos filhos acham isso da gente”!
Que tal perguntarmos a nosso filhos o que eles acham de nosso tempo com eles?
Eu sempre procurei ser um paizão presente e sempre brinquei muito com minhas filhas. Porém em um determinado momento de minha vida profissional eu estava viajando e trabalhando muito.
Nesta fase de minha vida, a minha filha mais nova com 3 anos na época reclamou que eu estava trabalhando muito e não tinha mais tempo para brincar com ela. Aquelas palavras foram como uma facada direto no meu coração. 😮
Não adiantava eu dizer que era por causa do trabalho. Na mente dela, simplesmente algo estava sendo mais importante que ela.
Faz parte de nossas vidas passarmos por fases difíceis, que temos menos tempo com nossos filhos. Entretanto, precisamos avaliar se de fato está valendo a pena nossa falta de tempo com eles, e quanto tempo isso vai durar.
Outro cuidado que temos que ter é se não estamos sendo ausentes emocionalmente.
O que você quer dizer com isso Bruno?
Quero dizer que, se não temos um tempo de qualidade com nossos filhos, de sentarmos com eles, de nos preocuparmos em interagir com eles, estamos ausentes emocionalmente, ainda que presente fisicamente.
Ou seja, estamos presentes porém não conectados com eles. Isso é mais comum de acontecer do que parece. Uma dica é refletirmos sobre quantos minutos por dia interagimos emocionalmente com eles.
Se seu filho tem até uns 8 a 10 anos, uma excelente dica é você interagir com ele usando histórias. Vá em uma livraria e procure livros que ele goste e leia para ele. Você vai se surpreender de como ele vai se interagir com você!
Outra dica é perguntar como foi o dia dele, o que aprendeu, o que aconteceu, ou se algo o deixou triste. Demonstrar preocupação e dar atenção sempre que possível é fundamental.
Bom, vou ficando por aqui.
Com relação a este artigo, o que achou? Lembra de algum erro grave que os pais cometem e que não foi mencionado? Deixe seu comentário, ficaremos felizes em saber! 🙂
Nas próximas semanas, estaremos publicando mais conteúdos inspiradores sobre educação de filhos. Assine nossa lista de e-mail e seja o primeiro a receber novidades do nosso blog!
Até breve!
Bruno e Andresssa Ahnert
